O Rio Grande do Sul abriu 11,8 mil postos de trabalho em agosto de 2021, de acordo com os dados do Novo CAGED, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Foi o oitavo mês consecutivo de geração de vagas formais na economia gaúcha.
Entre os três grandes setores de atividade, a maior abertura de vagas em agosto ocorreu nos Serviços com a geração de 10,2 mil empregos (Comércio: +2,8 mil e Outros Serviços: +7,4 mil). A Indústria gerou 1,5 mil empregos (Transformação: -476, Construção: +1,8 mil, Extrativa: +17 e Serviços Industriais de Utilidade Pública: +136). A Agropecuária, por sua vez, apresentou saldo positivo de 102 vagas.
Na Indústria de Transformação, apesar da perda de vagas, 20 setores abriram e apenas 4 fecharam postos no mês. O resultado negativo, diga-se, decorreu de grandes perdas verificadas em 2 segmentos específicos, um deles já esperado. No setor de Tabaco, onde houve fechamento de 4,5 mil vagas, a grande perda já era esperada por conta da sazonalidade. Em função do ciclo de produção, o mês de agosto, em geral, é o mais negativo para o emprego do segmento. Já no setor de Outros equipamentos de transporte, com saldo negativo de 1,4 mil postos, a perda foi determinada pelos 1.352 empregos fechados em uma empresa do ramo de Construção de embarcações de grande porte no município de São José do Norte, com atividades ligadas ao Polo Naval de Rio Grande.
Por outro lado, os destaques positivos da Indústria de Transformação foram: Couro e calçados (+1,4 mil), com participação principal de Fabricação de calçados (+1,1 mil); Máquinas e equipamentos (+898), com destaque na Fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura e pecuária (+280); e Produtos de metal (+631), em especial pelo saldo de Artigos de cutelaria, serralheria e ferramentas (+169).
No acumulado de janeiro a agosto de 2021, o RS abriu 118,8 mil vagas de emprego. Já no acumulado em 12 meses, o saldo aponta geração de 188,1 mil postos de trabalho no estado, com saldo positivo em todos os setores da economia. Nesse período, apenas no mês de dezembro houve perda de empregos. Quanto à Indústria de Transformação (+64,4 mil), quase todos os segmentos apresentaram saldo positivo nos últimos 12 meses: a exceção foi o setor de Tabaco com perda de 2,3 mil empregos e o maior saldo foi observado em Máquinas e Equipamentos (+11,8 mil).
Para os próximos meses, as expectativas dos empresários industriais continuam positivas para o emprego, conforme aponta a Sondagem Industrial.

Fonte: Fiergs