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Confiança da indústria gaúcha caiu pelo segundo mês seguido
28/10/2021
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) caiu 1,1 ponto, atingindo 60,1 pontos em outubro, no segundo mês consecutivo de queda, após cinco altas seguidas. Apesar disso, o ICEI/RS, acima de 50 pontos e em patamar elevado (6,1 maior que a média), revela que os empresários continuam confiantes em outubro, mas menos que em setembro.
O ICEI/RS, que varia de 0 a 100 pontos, é composto pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas. Em outubro, com todos os componentes na faixa positiva (acima de 50), a queda da confiança deveu-se exclusivamente à piora das expectativas.
O Índice de Condições Atuais ficou praticamente estável em 56,2 pontos em outubro. Acima de 50, o índice mostra melhora nas condições no mês. Os empresários avaliam favoravelmente a economia brasileira (índice em 51,3 pontos) e, principalmente, a própria empresa (58,6). Para 33,3% e 44,0% dos empresários gaúchos, respectivamente, a economia brasileira e a empresa melhoraram nos últimos seis meses. Para 26,4% e 12,0%, pioraram.
Com 62,1 pontos em outubro, o Índice de Expectativas continuou revelando perspectivas positivas para os próximos seis meses, mas o otimismo recuou na comparação com setembro (63,8). Valores acima de 50 representam perspectiva positiva. O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu de 58,4 para 57,1 pontos entre setembro e outubro, refletindo a redução de empresários otimistas: de 45,4% para 40,3% no período. Já o Índice de Expectativas das Empresas, da mesma forma, recuou de 66,6 para 64,7 pontos. Em outubro, 57,9% dos respondentes estão otimistas com o futuro da empresa (eram 61,9% em setembro).
O ICEI/RS de outubro mostrou que a confiança do setor está diminuindo diante de uma conjunção de fatores desfavoráveis: juros crescentes, aceleração da inflação, volatilidade da taxa de câmbio e intensa pressão de custos, provocada, principalmente, pelo aumento dos preços de insumos e matérias-primas (além da escassez), da energia elétrica (com a possibilidade de racionamento) e dos combustíveis.
Apesar de menos favoráveis, as perspectivas mantem a sinalização positiva para a indústria gaúcha nos próximos meses à medida que a vacinação contra Covid-19 avance e o retorno das atividades se complete, contando também com menores dificuldades na cadeia de suprimentos.