O ano de 2017 entra para a história do setor de produção de carnes do Brasil. As movimentações na economia, na política e as denúncias envolvendo governo e empresários, redirecionam as atenções ao setor. O mundo está olhando de forma diferente para o Brasil e mantendo respeito ao agronegócio brasileiro. No entanto, como diz o velho ditado, “é errando que se aprende”, o que permite várias interpretações.

Agora, novos sistemas e comportamentos de entes públicos e privados se perfilam em cenário de súbitas mudanças, buscando apagar ou, no mínimo, amenizar os danos. É mais do que necessário reavaliar conceitos e trabalhar para nos mantermos referência na produção de alimentos para o Brasil e para o mundo.

As exigências de países importadores e dos órgãos fiscalizadores recaem sobre o setor agroindustrial com a justa necessidade de produzirmos alimentos de qualidade, fator que é essência de muitas agroindústrias que atuam no país e que fazem parte do crescimento do setor.

Hoje, não podemos imaginar o segmento sem exportação, operação comercial responsável por considerável parte do desenvolvimento das agroindústrias, cooperativas e produtores, e que gera renda, empregos e tecnologia. O sistema produtivo em permanente evolução.

Assim, é momento é para refletirmos sobre os acontecimentos que ocorreram neste ano. Precisamos analisar a história e as mudanças na gestão das indústrias, e avaliarmos o crescimento do consumo e as demandas de produtos por parte dos consumidores.

É de extrema importância o aperfeiçoamento e adequações no sistema de produção para mantermos nossos produtos em patamares elevados de qualidade, mas é preciso também saber como proceder tais mudanças sem gerarmos entraves desnecessários e impiedosos.

Precisamos atravessar as dificuldades com sabedoria e responsabilidade compartilhadas. Afinal, o desempenho e o crescimento de um setor trazem retornos para todos os envolvidos – direta e indiretamente com o sistema produtivo.

Vamos superar este momento visando o crescimento e a evolução, jamais abrindo mão de responsabilidades e comprometimento com a qualidade. O mundo precisa de alimentos e nós podemos ajudar com qualidade e eficiência em todas etapas da produção. Esse é o caminho!

Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e Sindicato da Industria de Produtos Avícolas no RS (Sipargs)

Fonte: Zero Hora - Por Nestor Freiberger
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV/SIPARGS