Asgav Notícias

Agroindústria liderou saldo positivo de empregos no agronegócio gaúcho em março
04/05/2017

voltar
Agroindústria liderou saldo positivo de empregos no agronegócio gaúcho em março

O saldo de empregos formais no agronegócio do Rio Grande do Sul foi positivo em março, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). O número de admissões ficou em 24.052, acima dos 16.743 desligamentos. Com isso, o saldo positivo foi de 7.309 postos com carteira assinada. A agroindústria liderou o saldo, com 7.777 postos, segundo a FEE. Em relação a março de 2016, este ano registra mais 1.446 empregos, como saldo de admissões e demissões. No primeiro trimestre, o Estado tem saldo de 19.853 empregos com carteira assinada. O resultado garantiu que o Rio Grande do Sul liderasse a criação de empregos no agronegócio no País, mas não impediu que a geração de postos repetisse o desempenho do mesmo período de 2016, quando foram gerados 21.230 postos de trabalho nos três primeiros meses do ano. Portanto, o período fechou com 1.377 vagas a menos. “Historicamente, os primeiros meses do ano são caracterizados pela ocorrência de saldos positivos de empregos no agronegócio gaúcho, fenômeno explicado, sobretudo, pela mobilização de mão de obra para as atividades direta e indiretamente impactadas pelo avanço da safra de verão no Estado”, analisa Rodrigo Feix, coordenador do Núcleo de Estudos do Agronegócio da FEE. Lideraram a abertura de vagas a fabricação de produtos do fumo, com mais 4.078 postos, e comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais, alta de 3.333 postos. Feix explica que as contratações nos dois setores se devem à sazonalidade da oferta das matérias-primas agrícolas colhidas na safra de verão. A indústria fumageira concentra vagas temporárias no primeiro trimestre, com pico em março, e se concentram na região do Vale do Rio Pardo, principal aglomeração produtiva com essa especialização no Brasil”. No comércio atacadista, a atividade de destaque foi a de comercialização da soja, que, em ano de safra recorde, registrou o maior saldo positivo de empregos da série histórica iniciada em 2007 (mais 1.471 postos). Embora o resultado de março tenha sido positivo, houve perda de empregos em alguns setores. O principal deles foi o de produção de lavouras permanentes, que encerrou o mês com um saldo negativo de 1.880 postos de trabalho. Segundo Feix, “esse também é um movimento sazonal e geograficamente concentrado, derivado principalmente da desmobilização de parte dos trabalhadores temporariamente contratados para a colheita da safra da maçã nas regiões da Serra e dos Campos de Cima da Serra”.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: CARLOS NYLAND/DIVULGAÇÃO/JC