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Carne de Frango: O negócio da China que não faz bem ao Brasil
22/01/2019
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Destino de quase 11% do total da carne de frango exportada pelo Brasil no ano passado, a China tem sido motivo de preocupação. Indústrias do segmento acompanham o desenrolar de negociação entre o país asiático e os Estados Unidos, maior produtor mundial dessa proteína. As tratativas são referentes à reabertura de mercado chinês — em 2015, os asiáticos fecharam as portas ao produto americano por conta de um surto de influenza aviária.
Destino de quase 11% do total da carne de frango exportada pelo Brasil no ano passado, a China tem sido motivo de preocupação. Indústrias do segmento acompanham o desenrolar de negociação entre o país asiático e os Estados Unidos, maior produtor mundial dessa proteína. As tratativas são referentes à reabertura de mercado chinês — em 2015, os asiáticos fecharam as portas ao produto americano por conta de um surto de influenza aviária.
— Desde que houve o embargo aos EUA, o Brasil ocupou 60% do espaço deles. Aí, a China eleva a nossa tarifa e faz acordo com os americanos? Isso complicaria bastante — diz Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), sobre eventual acordo entre as duas potências.
É a combinação de todos esses fatores que preocupa. Porque o Brasil é, com folga, o maior exportador de frango — o segundo colocado são os EUA, mas com diferença de mais de 1 milhão de toneladas. Na produção, as posições de invertem. Com um detalhe: a maior parte da carne dos EUA é consumida no mercado interno.
O caso das taxas aplicadas ao produto brasileiro foi parar na Organização Mundial de Comércio (OMC). Os chineses levantam a suspeita de dumping. A defesa foi feita e falta agora ser avaliada — as batalhas travadas no organismo internacional costumam ser longas e desgastantes para todoas as partes envolvidas. É por isso que a indústria defende participação do governo federal no processo.
— Para acelerar o processo de julgamento na OMC e negociar mais com a China — pontua Turra.
Isso, sim, seria um negócio da China.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Sirli Freitas / Agencia RBS