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Estado estuda diferimento de ICMS para o milho
20/05/2021

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Estado estuda diferimento de ICMS para o milho

Com presença de secretários e deputados, as principais lideranças dos setores de aves, suínos e leite no Rio Grande do Sul pediram socorro do governo estadual para minimizar o impacto da alta do custo de produção, puxada pelos preços do milho e do farelo de soja que alimentam os animais. Coordenada pelo presidente da Frente de Defesa Agropecuária da Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber (PSB), e pelo líder do governo, deputado Frederico Antunes (PP), a audiência revelou que a situação é crítica, com risco de colapso na produção de alimentos, interrupção de atividades, diminuição de empregos e de atividades no campo e nas indústrias.

No encontro, as entidades solicitaram que o governo estadual faça o diferimento do pagamento do ICMS de 12% na importação do milho de 500 mil toneladas da Argentina e do Paraguai e que o Estado seja porta-voz dos pleitos federais junto à presidência da República e aos ministérios da Agricultura e Economia. O diferimento é a postergação do pagamento do tributo para a fase de comercialização do produto final.

O chefe da Casa Civil, Artur Lemos, sinalizou que o governo do Estado deve dar uma reposta positiva em relação ao ICMS até sexta-feira e disse que o govenador Eduardo Leite, que estará em Brasília nos dias 26 e 27, irá articula as agendas federais juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza. “Eu sou um otimista, o governador pediu para imprimir todos os esforços neste sentido”, afirmou Lemos.

Os pleitos federais incluem autorização para importação de milho dos Estados Unidos até final do ano, retirada de tributos como PIS e Cofins sobre importações do Mercosul ou extra-Mercosul e a retirada temporária do Adicional ao Frente para Renovação da Marinha Mercante.

Weber saiu satisfeito com os encaminhamentos já que a situação afeta pelo menos 15 mil agricultores que atuam no sistema de integração, fora os criadores de gado leiteiro. “Temos que conseguir frear o problema, pois com este cenário que está hoje teremos granjas paradas, produtores vendendo suas aves e suínos e empresas com muitas dificuldades. ” Segundo o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, produtores de leite também estão deixando a atividade por causa do alto custo. “O preço do leite até está melhor do que o ano passado, mas o custo de produção está inviabilizando a atividade”.

Além do exorbitante custo de produção reforçado pelos presidentes da Acsurs, Valdecir Folador, e da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo dos Santos, o diretor-executivo do Sips, Rogério Kerber, alertou para a queda do poder aquisitivo do consumidor. “Há uma desestruturação da produção em razão do aumento dos custos, uma pressão avassaladora afetando o capital de giro, com as empresas sinalizando redução de abate e paralisação do abate”.

Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: Jornal do Comércio