Setor embarcou 64,2 mil toneladas no primeiro mês do ano

Apesar da severa estiagem que assola o Estado pelo terceiro ano consecutivo, o setor avícola gaúcho registrou aumento nos embarques e na receita no primeiro mês de 2023. O volume de carne de frango in natura e presente em produtos processados do RS enviado para o exterior aumentou 24,5% em janeiro deste ano sobre o mesmo mês de 2022, saltando de 51,5 mil toneladas para 64,2 mil toneladas destinadas para os países compradores. O faturamento acompanhou a alta, saindo de U$S 88,8 milhões para U$S 135,4 milhões, diferença que representa 52,4% de crescimento em capital financeiro.

Os embarques do ano também fecharam positivo, com 7% de subida de janeiro a dezembro de 2022 (que somou 755,6 milhões de toneladas) sobre 2021 (que somou 705,9 milhões de toneladas). A receita entre os dois períodos (2022/2021) passou de U$S 1,1 bilhão para US$ 1,5 bilhão, destacando aumento de 28,4% de entrada de dinheiro no país via setor avícola do RS.

A exportação de ovos também foi favorável, com crescimento de 41,3% no volume de venda, saltando de 150,8 toneladas em janeiro de 2022 para 213,1 toneladas em janeiro de 2023. O faturamento seguiu o fluxo de produção e extrapolou os 100% de alta, chegando a 117,7% expressos na passagem de U$S 276,3 mil para U$S 601,5 mil. No período de 12 meses, a exportação de ovos de 2022 superou em 37,8% o volume embarcado de 2021, passando de 1,9 mil toneladas para 2,7 mil toneladas. O resultado em dólares subiu 95,5% de U$S 4,5 milhões para U$S 8,9 milhões.

O presidente executivo da Organização Avícola do RS, que engloba as entidades membros Asgav e Sipargs, José Eduardo dos Santos, avalia que a seca tem afetado drasticamente o setor avícola gaúcho pela perda de produtividade das lavouras de milho e soja, insumos base da ração para aves, o que aumenta os custos de produção, já elevados. “A seca é um problema crônico do RS e precisa de alternativas estabelecidas, como lavouras de milho irrigado no sistema sulco-camalhão, que podem chegar a 204 sacas por hectare”, sugere.

Santos comenta que esse manejo é mais propício para a zona Sul do RS e consiste em uma área de cultivo com solo mais profundo e descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. “Além da irrigação, a técnica permite a drenagem da lavoura, o que vejo como um investimento e não mais um custo de produção, que aumentou com a seca no Estado”, afirma.

Exportação nacional de carne de frango crescem 20,6% em janeiro

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 420,9 mil toneladas em janeiro, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é recorde para o mês e supera em 20,6% o total exportado no primeiro mês de 2022, com 349,1 mil toneladas.

O resultado em dólares das exportações do mês chegou a US$ 856,6 milhões, número 38,9% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, com US$ 616,9 milhões.
Os embarques brasileiros de carne de frango, produtos in natura e processados, totalizaram 4,82 milhões de toneladas ao longo do ano de 2022, 4,6% a mais que o volume embarcado em 2021, que foi de 4,6 milhões de toneladas. A receita em dólares obtida com as exportações alcançou US$ 9,7 bilhões, 27,4% acima da receita obtida nos 12 meses de 2021, que foi de U$S 7,6 bilhões.

Os embarques nacionais de ovos tiveram queda de 16,5% na relação de janeiro a dezembro de 2022/2021, caindo de 11,3 mil toneladas para 9,4 mil toneladas.
Janeiro também foi de retração de 55,1%, redução de 2,1 toneladas para 1 tonelada.

Fonte: Comunicação ASGAV/SIPARGS - O.A.RS
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