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Frango inteiro foi o mais afetado nas exportações de abril
11/05/2017
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Nos 24 meses transcorridos entre abril de 2015 e março de 2017 o Brasil exportou, em média, 361.594 toneladas mensais de carne de frango. Uma vez que em abril passado o total exportado ficou em 317.708 toneladas, o resultado obtido significou queda de 12,14% em relação à média. Ou 43.886 toneladas a menos. Mas o que mais chama a atenção, aqui, é que praticamente 70% dessa redução foi ocasionada por um único item dos quatro exportados pelo setor: o frango inteiro.
Nesses dois anos, em apenas três ocasiões os embarques de frango inteiro ficaram aquém das 100 mil toneladas. E o menor volume foi registrado exatamente no último abril: 86.567 toneladas, resultado 26% inferior à média dos 24 meses encerrados em março/17.
É verdade que, no mês, as reduções atingiram todos os itens exportados. Mas enquanto a participação (em relação à média) dos industrializados e da carne salgada permaneceu em relativa estabilidade, a do frango inteiro recuou mais de 15% (de 32,35% do total para 27,25%). Subiu, em consequência, a participação dos cortes – de 59,68% para 65,13% do total.
Mas as perdas do frango inteiro não se resumiram ao volume exportado, recaíram também sobre o preço desse item. E se, comparativamente ao mês anterior, o preço médio dos quatro itens apresentou redução superior a meio por cento (contra uma expansão média de 2,7% ao mês no primeiro trimestre do ano) foi por conta, exclusivamente, do frango inteiro.
Ou seja: os outros três itens tiveram aumento de preço irrisório – a carne de frango salgada, de 0,02%; os cortes de frango, de 0,49%; e os industrializados, de 1,79%. Ainda assim, foi resultado muito melhor que os 4,11% de redução no preço do frango inteiro.
Mais um dos efeitos, sem dúvida, da midiática (mas oca de conteúdo) Operação Carne Fraca.
Fonte: AviSite - Redação
Créditos da Imagem: AviSite