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Futura ministra quer priorizar exportações
26/11/2018

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Futura ministra quer priorizar exportações

A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (Dem/MS), afirmou que o avanço das relações do agronegócio brasileiro com o comércio exterior será ponto prioritário na sua gestão. Em entrevista ao Correio do Povo, disse que as projeções, ao indicarem aumento da produção agropecuária brasileira nos próximos anos, conduzem à necessidade de ampliar as exportações. Para chefiar a secretaria de Relações Internacionais do Mapa informou que escolherá uma pessoa com afinidade ao tema, com foco na manutenção de acordos e das relações já existentes e também de abertura de novas fronteiras.

Um dos pontos que contam a favor do Brasil na busca por mercados, segundo ela, é o patrimônio ambiental do país. Nesta linha, disse que trabalhará para acabar com a “falácia” de que o produtor rural é contra o meio ambiente. Defendeu que aqueles que estão no campo são os “grandes preservacionistas”, por respeitarem o Código Florestal, que estabelece as normas de conservação da vegetação em suas áreas. “A sociedade brasileira e o mundo devem ao produtor rural esta preservação. Quem banca isso é ele”, disse.

Um dos nomes que já escolheu para sua equipe é o do deputado mineiro Marcos Montes, que será o secretário-executivo do ministério. Segundo ela, que prometeu critério técnico para escolha da equipe, Montes, apesar de ser político, “é do ramo”. Informou ainda que está praticamente pronto o desenho de como será o seu ministério, ao confirmar a incorporação da agricultura familiar, pesca e assuntos fundiários. “É tudo uma só agricultura, só o tamanho e as proporções do que se precisa é que são diferentes”, descreve.

Sobre o Funrural, uma das preocupações do setor, a futura ministra diz que é um problema jurídico, surgido a partir de julgamento do STF em 2017. “Existe uma lei para amenizar os prejuízos, que foi benéfica para o setor”, alega. Não informou se há possibilidade de o novo governo rediscutir a dívida.

Tabelado frete depende do STF

Em relação à tabela que criou preços mínimos do frete rodoviário, a futura ministra Tereza Cristina diz que reconhece os prejuízos que afetam o setor produtivo e disse esperar que o atual governo, do presidente Michel Temer, “dê um bom encaminhamento”. Se o assunto não se resolver até início de janeiro, acredita que o próximo governo terá de tomar uma decisão. Mas adiantou que não pedirá o fim da tabela, já que ela surgiu por lei no Congresso Nacional. “O que tem que esperar é o Supremo Tribunal Federal julgar se a lei é constitucional”, diz.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Wilson Dias / Divulgação / CP