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Milho: frango vivo inicia 2022 com o menor poder de compra dos últimos 10 anos
27/01/2022
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Os movimentos opostos entre milho e frango vivo observados neste início de 2022 fazem com que o frango vivo comece novo exercício enfrentando o mais baixo poder de compra dos últimos 10 anos em relação ao grão básico do setor.
Embora os movimentos de baixa do frango (vivo ou abatido) sejam ocorrência natural a cada novo começo de ano, em 2022 vêm sendo exacerbados pelas paupérrimas condições econômicas dos consumidores. Não por menos, a ave viva é comercializada neste janeiro pelo menor valor dos últimos oito meses (média de R$4,93/kg no mês, queda de 18% em relação à média do trimestre agosto/outubro), o que significa incremento anual pouco superior à inflação oficial, insuficiente portanto para cobrir os custos de produção que não cessam de aumentar.
O principal responsável por esses aumentos é o milho que, após breve período de ligeiras baixas (trimestre setembro/novembro) vem, desde dezembro passado, registrando significativos aumentos de preço. Cotado por valor superior a R$100,00/saca e já próximo de novo recorde, o milho registra, no momento, valorização mensal próxima de 10% e anual superior a 15%.
Como resultado, o poder de compra do avicultor em relação ao milho se encontra aquém das três mil toneladas para cada tonelada de frango vivo. Mais exatamente, em 2,970 toneladas, o menor volume dos últimos 10 anos e, com certeza, de toda a história da moderna avicultura.
Comparativamente à média de 2021, o volume de milho adquirível pelo frango vivo é, por ora, 10% inferior. Mas, comparativamente à média alcançada no triênio 2013/2015, a redução é de 43%. Não parece muito, mas hoje o produtor precisa de volume de frangos pelo menos 75% maior para adquirir a mesma quantidade de milho de 7-9 anos atrás.
Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV