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MILHO: Setor avícola e governo do RS defendem maior liberdade de importação
17/04/2018
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Reunidos na manhã de hoje na sede da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), em Porto Alegre (RS), representantes do setor e também do governo estadual unificaram os discursos em torno de medidas favoráveis à importação de milho em face dos altos custos de produção enfrentados pela cadeia de proteína animal.
O diretor-executivo de Suprimentos da Seara Alimentos, Arene Trevisan, disse que é preciso estabelecer regra claras que visem a importação de países que disponham de ofertas de milho, caso dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Ucrânia. “Em um momento de dificuldade na aquisição do cereal, como o enfrentado por estados como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, é preciso haver agilidade visando a aquisição para consumo, pois os estoques de matérias-primas das agroindústrias estão caindo muito” afirma.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, sinaliza que não é possível proibir a exportação de milho quando o preço é atrativo ao produtor, mas é preciso garantir a liberdade de importação a qualquer tempo, sem maiores dificuldades. “Entendo que é necessário também buscar uma maior integração do setor avícola com os produtores de milho, no sentido de estimular a área cultivada com o cereal. “Do jeito que está, se o produtor de milho verificar que a saca de soja está valendo duas vezes o preço de uma de milho, ele certamente optará pela oleaginosa. Este é o nosso papel no sentido de produzir”, afirma.
Os deputados estaduais Ernani Polo (PP) e Elton Weber (PSB), afirmaram que é possível trabalhar no sentido de tentar viabilizar a compra antecipada de milho com o intuito de garantir o abastecimento do cereal às cadeias produtivas de aves e suínos. “Defendemos uma linha de crédito para a compra antecipada de insumos e podemos trabalhar a questão para tentar garantir agilidade a esse processo”, ressaltou Weber.
Para o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, é preciso trabalhar em prol da união dos setores que estão envolvidos na cadeia produtiva. “Não somos contra os produtores de milho e soja, mas entendemos que eles não podem acabar com seus clientes, pois um dia farão falta. É por isso que o setor avícola também simplesmente não pode repassar essa alta de custos aos preços da carne de frango. Sabemos que, no atual momento, se adotarmos preços mais caros a população não terá condições de absorver esse aumento e reduzirá ainda mais o consumo”, alerta.
Fonte: Agência SAFRAS - Arno Baasch (arno@safras.com.br)