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O impacto da pandemia nas principais economias do mundo
05/08/2020
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Na segunda quinzena de julho, pudemos observar como a pandemia do novo coronavírus atingiu as principais economias do mundo, a partir da divulgação dos números do PIB do segundo trimestre do ano.
Como era esperado, os resultados intensificam a desaceleração da economia mundial observada já no primeiro trimestre. Isso advém do fato de que as medidas de isolamento social e lockdown praticadas foram, no geral, mais presentes durante os meses de março e abril, o que afetou diretamente a atividade econômica. Outro ponto que chama atenção é que nos países onde a epidemia foi mais intensa, como Itália e Espanha, a queda foi mais brusca.
Para a grande maioria dos países, a queda no segundo trimestre não tem precedentes, No caso dos EUA, a variação de -9,5% é a maior na série histórica, iniciada em 1947. Para se ter imensão da crise, a segunda pior queda trimestral dos EUA foi no primeiro trimestre de 1958, quando caiu 2,9%. O mesmo acontece com a Alemanha, que também registrou a maior queda da sua série histórica, iniciada em 1970. Antes da pandemia, o maior tombo registrado pelo país havia sido no primeiro trimestre de 2009 (-7%), no contexto da crise financeira global. O caso da China não foi diferente no primeiro trimestre de 2020, quando teve uma contração trimestral recorde de 6,8%. O resultado do segundo, porém, destoa das demais economias, já que é a única a registrar crescimento. Isso se deve não somente ao fato do país ter sofrido os efeitos da pandemia antes dos demais, mas também devido à retomada das principais atividades setoriais.
As expectativas para o segundo semestres ainda são incertas, devido ao receio de uma segunda onda. A única certeza é o desafio da recuperação.
Fonte da informações: Informe Econômico FIERGS
Créditos da Imagem: Fonte: Eurostat; BEA; NBS. Elaboração: UEE/FIERGS