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O que explica o recorde nas exportações do setor de genética avícola em 2023
16/01/2024

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Segmento encerrou o ano com marcas históricas e protagonismo em biosseguridade mundial

O espaço consolidado dos ovos e da carne de frango brasileira no cardápio mundial dividiu apetite em 2023 com outro produto de destaque na pauta comercial. Foi o mercado de genética avícola, segmento de alto valor agregado na cadeia de aves, que encerrou o ano com novas marcas históricas para a indústria brasileira.

O setor, que inclui pintos de um dia e ovos férteis, exportou 26,4 mil toneladas do material em 2023, volume que supera em 69,3% o total exportado no ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Em 10 anos, o aumento é de mais de 200%.

O protagonismo tem a ver com a biosseguridade da produção brasileira e ganhou ainda mais preferência desde que os casos de influenza aviária tomaram grandes aviários comerciais pelo mundo, diz o diretor de Mercados da ABPA, Luís Rua:

— O Brasil hoje é um porto seguro em um mundo cheio de influenza aviária de alta patogenicidade. Seguimos livres dessa enfermidade em granjas comerciais, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, o que dá ao Brasil o melhor status possível para o comércio internacional.

A receita das exportações também foi recorde, somando US$ 240 milhões nos 12 meses de 2023. O resultado é 34,2% superior ao total obtido em 2022, com US$ 178,8 milhões.

Somente no mês de dezembro, foram 2,5 mil toneladas embarcadas, alta de 45,1% em volume e de 2,2% em receita na comparação ao mesmo mês do ano passado.

O principal destino da genética avícola brasileira foi o México, que importou 13,5 mil toneladas em 2023, ou 72,7% a mais que no ano anterior. Em seguida, Senegal (3,7 mil toneladas), Paraguai (2,7 mil toneladas), África do Sul (2,3 mil toneladas) e Peru (1,4 mil toneladas) também ampliaram suas compras.

O desempenho mostra o aumento da relevância do setor brasileiro no mercado mundial.

— O Brasil possui hoje, basicamente, todas as grandes casas genéticas reconhecidas internacionalmente. Isso, naturalmente, traz e gera confiança para que o Brasil possa cada vez mais aumentar as suas exportações de material genético avícola, contribuindo para a segurança alimentar de vários países do mundo — diz Rua.

Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Carlos Macedo / Agencia RBS