Ainda comedida em relação à média mensal produzida nos 12 meses anteriores, a produção brasileira de pintos de corte de outubro passado ficou pouco aquém dos 573 milhões de cabeças e, pelo segundo mês consecutivo, apresentou queda em relação ao mesmo mês do ano passado, com retração próxima de 4%.

À primeira vista esse volume significou alta de 2,8% sobre o mês anterior, setembro de 2023, quando foi consignado o menor volume em cinco meses. Porém, o mês de outubro tem um dia a mais. E isso considerado, a produção mais recente recuou, registrando – em termos reais – redução de mais de meio por cento.

Com este último resultado, o total acumulado no ano ficou próximo dos 5,750 bilhões de pintos de corte, apresentando incremento de 1,84% sobre os mesmos 10 meses do ano passado. Já o acumulado em 12 meses (e que, praticamente, estabelece a produção de carne de frango de todo o exercício) se encontra a pequena distância dos sete bilhões de cabeças e alcança volume que representa aumento de 2,61% sobre idêntico período anterior.

Teoricamente, os sete bilhões de pintos de corte correspondem ao “número mágico” que deveria marcar a produção do corrente exercício. Porém, nesse volume estão embutidos 1,226 bilhão de cabeças produzidas entre novembro e dezembro de 2022 e correspondentes ao maior volume bimestral já registrado em toda a história do setor.

Aparentemente, um ano depois o setor se encontra mais consciente de que volumes altíssimos como os do fechamento do ano passado esfrangalham o mercado no início do ano seguinte, momento de baixíssimo consumo.

Por isso, a boa lógica recomenda manter a produção de novembro e dezembro em, no máximo, dentro da média registrada no decorrer do ano. Se isto foi absorvido e se confirmar, o volume de 2023 deve situar-se em torno dos 6,9 bilhões de pintos de corte. Mesmo assim, será um novo recorde no setor.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite