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Pró-Milho intensifica debate sobre déficit do cereal
03/09/2020
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Em 2019 o Rio Grande do Sul deixou de arrecadar R$ 260 milhões em ICMS apenas por não produzir milho suficiente. O déficit do cereal no Estado – que atende a importantes cadeias produtivas como de suínos e de aves – preocupa especialmente sob o ponto de vista do estrangulamento do setor. “Diante desse fato e também da preocupação em não haver o estrangulamento de um setor tão importante, responsável por 10% do PIB estadual, entre outros motivos, foi criado o Programa Pró-Milho, que tem o objetivo de tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente em milho, na relação produção/consumo”, apontou o diretor de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, durante o 5º Seminário do Pró-Milho/RS, que debateu virtualmente o tema “Visão e expectativa de consumidores de grãos no Rio Grande do Sul”.
O presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas no Estado do RS (Sipargs), José Eduardo dos Santos, disse que a avicultura do Rio Grande do Sul não pode mais sofrer impactos do deficit de milho. “O setor se desenvolve com planejamento, e esta situação de falta de produção gera muitos entraves, além de perda de competitividade”. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou que a entidade tem entendido e conversado com o Mapa, fazendo um pedido, sem nenhum prejuízo ao produtor, de isenção temporária de tarifa de importação, talvez da Ucrânia e Estados Unidos, porque aqui no Mercosul já são desoneradas, tentando buscar com o governo algumas soluções para produção. “Para que a gente possa ficar com esse milho aqui e transformá-lo em proteína animal e assim criar mais empregos, gerar renda e assim por diante, fortalecendo essa cadeia”.
Fonte: Jornal do Comércio
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV