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Produção de carnes suína e de frango no país deverá crescer em 2020
16/07/2020
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Projeção da ABPA indica expansão no volume de produção nos frigoríficos e alta nos embarques para o Exterior
A demanda por carnes suína e de frango seguirá aquecida ao menos até o final de 2020. Essa é a indicação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que divulgou nesta quarta-feira (15) as projeções do setor para o restante do ano, prevendo expansão no volume produzido pelos frigoríficos do Brasil e ampliação nos embarques do produto nacional para o Exterior.
A elaboração de carne de frango poderá alcançar entre 13,7 milhões e 13,8 milhões de toneladas, com crescimento de 3% a 4% frente a 2019. Já as exportações tendem a oscilar entre 4,35 milhões e 4,45 milhões de toneladas, expansão de até 5%. Ao mesmo tempo, o consumo per capita do produto pode subir de 42,8 para 43,9 quilos per capita.
Sem a pandemia de coronavírus e o impacto na produção no primeiro semestre, que teve o afastamento de funcionários em meio à crise sanitária e até mesmo a paralisação temporária de algumas fábricas, os resultados poderiam ser mais expressivos.
-Não sabemos a quanto poderia chegar, mas tínhamos uma expectativa de crescimento maior para o mercado interno e nas exportações. Não teremos isso na sua integralidade - aponta o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin.
Na carne suína, a produção tende a se estabelecer entre 4,15 e 4,25 milhões de toneladas, aumento de 4% a 6,5%. Enquanto isso, as exportações, puxadas pelos pedidos da China, têm avanço previsto de até 33%, podendo chegar a 1 milhão de toneladas. Já o consumo per capita se manterá estável, em 15,3 quilos per capita.
No primeiro semestre, o Rio Grande do Sul respondeu por 16% das exportações de frango e 25% dos embarques de suínos.
O presidente da ABPA, Francisco Turra, demonstra preocupação com a imagem do setor de proteína animal, que tem quatro plantas no Rio Grande do Sul com vendas para a China suspensas no momento, como reflexo de surtos de coronavírus identificados nos locais. Turra destaca que o setor abriu cerca de 20 mil postos de trabalho durante a pandemia e investiu R$ 500 milhões na adaptação das fábricas para evitar o avanço da doença e manter a produção.
Atualmente, o Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-RS) estima que mais de 6,2 mil trabalhadores de frigoríficos no Estado foram diagnosticados com covid-19. Turra, no entanto, questiona o número, já que os resultados teriam sido obtidos por meio de testes rápidos. O dirigente argumenta que parte destes casos nas empresas posteriormente foi retificada após o teste PCR, considerado mais preciso.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV