O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou uma linha de crédito de R$ 1,5 bilhão para capital de giro aos setores de aves, suínos e ovos. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, que ontem negociou a busca de recursos com o presidente do banco, Dyogo Oliveira, e sua equipe técnica, argumentou que as empresas precisam de aporte financeiro, já que têm sido impactadas pela queda das exportações, embargos de importantes mercados, baixos preços domésticos e altos custos do frete, que sofreu reajustes após a paralisação dos caminhoneiros.

Segundo Turra, ficou estipulado que haverá prazo de carência de dois anos e mais três anos para pagamento, com juros de 8% a 10% ao ano. O banco aceitará recebíveis (crédito de vendas para o exterior) como garantia e, tão logo se esgote a valor disponibilizado, se comprometeu a contratar o quanto mais for demandado. “O presidente do banco deu uma demonstração de que acredita e confia no setor, disse que acompanha a trajetória das empresas de proteína animal, que são modelo gerador de emprego e renda”, revelou Turra. O dirigente também diz que o banco analisará o relatório com todas as solicitações da entidade e poderá avaliar, junto ao Banco Central do Brasil, o alongamento de dívidas dos produtores integrados às indústrias.

Segundo a ABPA, somente em função da paralisação dos caminhoneiros em maio, que provocou a suspensão da produção em 167 unidades frigoríficas, o prejuízo calculado pelo setor atingiu a cifra de R$ 3,150 bilhões.

Fonte: Correio do Povo
Créditos da Imagem: Banco de Imagens ASGAV