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RS: mercado estadual para carne de frango está em colapso
28/06/2023

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Avicultura gaúcha reivindica mais poder de competitividade para o setor

A emissão de sinais de alerta pela avicultura gaúcha não é uma atividade recente. O mercado estadual para carne de frango está em colapso nos últimos anos devido à entrada do mesmo produto e derivados vindos de outros estados. Dados da Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), indicam que o Estado sofre com o déficit de milho que, historicamente, impacta no custo de produção do setor. A solução paliativa praticada para contornar esse gargalo é buscar cerca de 2,6 milhões de toneladas de milho em outras unidades da federação, e até em outros países, o que equivale a uma cifra de aproximadamente R$4 bilhões. Estas operações ainda geram divisas para outros estados quando se trata de impostos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Segundo comunicado da Asgav, o setor está recorrendo ao Governo do Estado para viabilizar um conjunto de medidas de amparo na esfera tributária. A negociação prossegue nos bancos regionais e federais para solicitar revisão de prazos de pagamento de dívidas e acesso às linhas de créditos emergenciais. O presidente executivo da Organização Avícola do RS, José Eduardo dos Santos, cita informações da Secretaria da Fazenda do RS, que demonstram que 57% da carne de frango congelada comercializada no RS vem de outros estados. “Esse é um dos pontos que revela a fragilidade de equilíbrio econômico e tributário em território gaúcho”, realça.

No cenário de produção e disponibilidade de grãos, Santos reitera que a avicultura aposta nos resultados do Programa Duas Safras de Grãos para o RS, coordenado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), que representa a pecuária e agricultura regionais, e conta também com a parceria da Embrapa e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Apesar de já surtir alguns resultados, o programa não irá entregar uma resolução a curto prazo”, salienta.

O Estado criou um Grupo de Trabalho da Proteína Animal para viabilizar ações resolutivas que visam melhorar esse estágio crítico. “Temos informações de que já estão sendo trabalhadas medidas de ajuda aos setores de proteína animal, o que nos deixa esperançosos e mais atentos, porém, precisamos de celeridade”, comentou o dirigente.

Fonte: Agrolink